sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Mão Lenta and The Devil


Se existem lendas sobre o blues, a que cerca as redondezas do Diabo é com certeza a mais interessante. O Capeta, pois bem, é rockero, todo mundo sabe.
Os auges do Delta Mississipi foram mexidos como um caldeirão pela sapiência musical do Demônio.
Além de tudo a grande bondade do mesmo, retirou das explorações dos campos de algodão, quem seria hoje o sujeito que compôs as 41 músicas do patrimônio mundial do blues.
Qual é... todo mundo adora o Rabudo.
Robert Johnson que o diga, afinal gravou este acervo direto no acetato nas profundezas de um quarto de hotel. Munido de apenas um violão e toneladas de sofrimento, formatou o que se conhece como blues com emoção, tensão e sua técnica precisa.
É o rei não só por estabelecer seus acordes e compassos tradicionais, mas por definir sua temática: sofrimento, bebida, sexo, mulheres da vida, acertos de contas à bala, entre outros temas inimagináveis para a música e a moral de fachada dos caipiras brancos.
Tudo graças à “Ele”...
Aquela região possuía uma aura mística. Cheia de fantasias e estórias. Música sendo tocada com a alma, expressão e sentimentos soprados por harmônicas pelos bailes. Danças e danças, dos corpos e do vapor dos cigarros. Não imagino nada além do preto e branco. Aquele lugar era preto e branco!
O “Cara lá de baixo” (Lúcifer) em parceria com o “Mão Lenta”(Johnson) desenvolveram o que hoje reconhecemos como gênese do rock.
Baixem o acervo dos caras, a maioria é hoje propriedade de Eric Clapton, que além de dono das músicas, gravou-as e fez-se o que é hoje.
O Diabo é o pai do Rock!
BARMÉN!

2 comentários:

Fillipe Tesch disse...

rapaiz... o diabo ja abandono o blues a muito tempo... agora ele só quer saber de black metal ;)

uhuheueah

Leandro Margoto disse...

o Emotional Blues deu prigem ao Emotional Hardcore, conhecido como Emo. Mas a diferença é que o Emo não herdou os poderes de Satanás, mas sim de alguma bicha muito louca.
Diabo é pai, e a guitarra vai!