sexta-feira, 24 de outubro de 2008

The sound remains the same

Expulsos do Shaaman, os irmãos Hugo e Luis Mariutti (guitarra e baixo) e Andre Matos (vocal) montaram uma nova banda, levando o nome do vocalista. No ano passado, lançaram o primeiro trabalho, "Time to be Free", que resolvi pegar pra ouvir esta semana. E foi exatamente o que eu esperava: os vocais de Andre continuam únicos e poderosos, os irmãos dominando as cordas de forma competente, músicas bem arranjadas e o metal mais melódico do que nunca. E é esse último tópico o grande problema.
Eu esperava um disco mais Heavy e menos melódico, que foi o que o Shaaman fez no primeiro disco (quando ainda eram o Shaman, com um "A"). O grande destaque era a guitarra, que tinha um peso tremendo, e a cozinha dava ainda mais peso e velocidade às composições. O teclado, violinos e tudo mais ainda estavam lá, mas de maneira que não ofuscavam os outros instrumentos.
A grande questão é que os caras ganharam fama e conquistaram seus fãs com o metal melódico do Angra. O disco solo está ainda mais melódico, com muita orquestra e aquela bateria e baixo "cavalgados". Sinceramente, esse estilo já deu o que tinha que dar. Dá nojo ver tantas bandas soando absurdamente iguais, sem propostas novas, sem uma identidade sólida. Se não fosse pelos vocais de André, seria impossível dizer que "Time to be Free" é um trabalho solo do vocalista, pois soa exatamente igual às outras bandas do estilo.
Seria um grande favor à humanidade que novas bandas de metal melódico parassem de surgir, e que a maioria das já existentes simplesmente sumissem do mapa.

Death Magnetic

Finalmente saiu O DISCO do Metallica. Após 22 anos da morte de Cliff Burton, a banda mudou bastante seu estilo, mas ainda conseguiram soar originais. Ademais, vamos ao novo álbum.

Já ouvi muita gente falando que o "Death Magnetic" - nome do novo disco - é a verdadeira continuação do "...And Justice For All". Discordo totalmente. É a continuação explícita do Black Album, voltando um pouco ao peso dos álbuns anteriores. O estilo do "New Metallica" ainda está lá, só que a pegada ficou mais thrash, do jeito que os fãs antigos esperavam há tempos. Aqui temos 10 ótimas composições, produzidas pelo maestro Rick Rubin.

A verdade é que o Black Album, apesar de não soar thrash metal old school, ainda é bem pesado, com riffs marcantes e solos bem trabalhados. No Death Magnetic também temos riffs muito bons e melodias vocais impecáveis, mas achei alguns solos meio vazios, pouco trabalhados. Deu a impressão de que Kirk Hammet, ao gravá-los, pensou: "Os fãs reclamaram que o St. Anger não teve solos? Então tá, vocês vão ter solos no novo álbum.", e gravou qualquer coisa. Ou o Sr. Hammet quis experimentar um estilo novo de solar, ou ele está fora de forma para compor alguns novos.

No geral, o disco ficou muito bom. A banda fez bem em não gravar um disco totalmente thrash, pois acabaria soando como os seus "alunos" da nova geração. Ao ouvir, é possível saber na hora que se trata de um disco do Metallica. Talvez a tendência daqui pra frente seja aumentar gradativamente o peso e, quem sabe, reinventar seu estilo mais uma vez.



terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cafona 2009

Confirmadas duas bandas para o Baile do Cafona 2009: The Fevers e ULTRAGE A RIGOR!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cover #2

Este é o clássico do Bon Jovi, Living On A Prayer:
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E este é o cover espetacular:
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O bom e velho Rock'n'Roll!!!

Ouvi o Gelo Preto da Corrente Alternada/Corrente Continua hoje!

É Foda! Em resumo: o bom e velho Rock'n'Roll! Desses que só eles sabem fazer...

Tratem de baixar!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

GOJIRAAAAAA!!!

A tempos e tempos atrás vi a cena de uma filme com um japa gritando desesperado "GOJIRAAA!" e correndo, esse filme, mais conhecido como Godzila, vi algumas vezes na seção da tarde em sua versão tosca, e vi o remake legalzinho de 1998.

Mas não é o filme que cada dia me surpreende, é a banda Gojira.

Conheci essa banda através de um cd, From Mars to Sirius, que o Malk comprou na França e o envio de presente ao Marz (ou ele tietou a banda ou ele gostou do trocadilho com o nome do cd). Porém, esse cd chegou da França nas mãos do Lele, que em um dado momento pediu para que quando fosse a vix e visse o Marz, o entrega-se. Obviamente, nesse meio tempo, usurfrui do cd, copiando-o pro pc. Desde aquele momento gostei da banda e os caras realmente fazem um som um pouco diferente do que estamos acostumados por ai.

A banda vêm ganhando espaço no mundo, teve seu Vocalista e Guitarrista convidado a ser Baixista do Cavalera Conspiracy, e agora lançaram seu último album "The Way of All Flesh" que por sinal é muito bom, venho ouvindo-o continuamente a mais de uma semana!

Baixem em: http://x-b-media-x.blogspot.com/2008/09/gojira-way-of-all-flesh.html

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Vêm, Meu Bem

Assistindo o VMB deste ano, transmitido ao vivo pela MTV ontem e reprisado hoje, fiquei chocado com um acontecimento: todo ano uma bandas gringas tocam no evento. Mas este ano seriam duas: Ben Harper e Bloc Party. Esta última, quando começou seu show, já me fez questionar algo: "Nossa, a qualidade do som está tão limpa. O cara mal faz força pra cantar. Será que...? Nãaaao."
Continuei vendo o show, e, pra minha surpresa, meu medo era verdade: foi PLAYBACK! Sem contar que o vocalista caiu do palco no meio da platéia (provavelmente estava bêbado), o baterista fingia tocar igual o Ringo Starr, e o baixista desceu na platéia e, ao retornar ao placo, largou o baixo por alguns segundos, mas o som do instrumento ainda estava lá, sendo perfeitamente tocado! Ao término da primeira música, vaias se misturavam com aplausos. Ao inciar a segunda música, o vocalista correu no meio dos convidados, pulou e nem fazia questão de cantar perto do microfone. Terminando o show de horrores, Marcos Mion, o então apresentador do Video Music Brasil, solta a pala: "É, quem sabe faz ao vivo!". Depois de algumas risadas, ele emenda "Achei que só eu tinha percebido." Eu também reparei, e fiquei pasmo. Como uma banda gringa vem pro Brasil pra tocar de playback? Isso é coisa de Britney Spears. Nem conheço o trabalho da banda, mas foi uma grande desfeita com os fãs - e não-fãs - que foram no evento.

Som de preto

Deus salve os pretos. Sem eles, a música não seria o que é hoje. Muita gente odeia pretos, mas ouve música de preto. Foram eles que criaram o blues, que depois, com um pouco de distorção, virou o rock, que, com um pouco de peso, virou o metal, que, com pitadas de virtuose e psicodelia, surgiu o rock progressivo, o metal melódico, o thrash metal etc.

O soul/funk deu um swing à música, que é tipicamente negro.

O jazz incorporou, além da apurada técnica, os longos improvisos.

No Brasil, temos o samba, o pagode, o axé, o funk carioca... todo playboy se amarra num pancadão, numa micareta e num pagode bem corno. É tudo som de preto, mas que foi elitizado. Foi mais ou menos o que ocorreu com o rock'n roll: se Elvis não tivesse tocado rock, esse som estaria apenas entre os negros até hoje.

Muita música de preto tem gosto duvidoso, mas outras são de extrema qualidade. Não despreze os pretos. Afinal, você ouve música de preto.

Download legal

Muitas bandas, principalmente as independentes, jogam suas músicas na internet para que o máximo de pessoas possíveis possam ouvir seus trabalhos. Achei interessante a iniciativa abaixo:
http://albumvirtual.trama.uol.com.br/

Três bandas/artistas conhecidos e uma banda novata disponibilizaram seus últimos discos gratuitamente e de forma legalizada. É parte de um projeto que faz a banda lucrar com os downloads feitos. Quanto mais downloads, mais verba a banda recebe. Baixei e ouvi os quatro, e aqui faço um breve resumo:

Ed Motta
Uma das vozes mais poderosas do Brasil, sempre seguiu uma linha bem soul/funk. Neste último trabalho, Motta toca TODOS os instrumentos, além de cantar. O resultado foi um disco bem legal, mas que, ao meu ver (ou melhor, ao meu ouvir), com algumas pequenas deficiências na parte instrumental, principalmente a bateria em algumas músicas. Ficou algo vazio em alguns momentos. Talvez tenha sido intencional, mas... o disco em geral é bom.

CSS
A ultra-hypada "banda das meninas" lança seu segundo disco, que ficou muito divertido. Músicas grudentas com letras idiotas tornam o álbum descontraído. Mistura rock simples com eletrônico, o que formou uma certa identidade da banda. Ouça sem compromisso algum.

Macaco Bong
Power trio cuiabano faz um rock instrumental bem competente. Em seu primeiro trabalho podemos ouvir algo bem coeso e trabalhado, mas sem firulas.

Tom Zé
O cara é uma lenda da música brasileira, e faz mais sucesso no exterior do que aqui no Brasil. Além deste último trabalho, só ouvi um álbum do Sr. Zé, que me agradou. Mas este último não desceu. Muito chato. Talvez eu tome coragem pra tentar ouvir de novo, porém acredito que não vou conseguir.

Todos os discos estão em mp3 de 320kbps, com encarte completo em PDF e alguns extras. Basta se cadastrar no site e baixar. Aproveite, é de grátis!
Aproveitando o post, aí vão mais duas bandas que disponibilizaram seus discos pra download gratuito:

Solana
Vi um pequeno trecho de um show há uns 4 anos atrás. Os caras tocam bem, e acabo de descobrir que seu disco está disponível pra download. É meio Los Hermanos e Radiohead, mas é até legal, bem gravado e bem tocado. Já vale ouvir pelo fato de não ser mais uma banda capixaba que toca reggae ou congo.
http://www.felizfeliz.com.br/

PoisonGod
Banda do nosso amigo Chips, fazem um thrash metal digno. Tem espaço garantido no player do carro.
http://www.poisongod.com/

Diñero

Preço do ingresso:
  • Velhas Virgens (Brasil) - R$15
  • Motorhead (Inglaterra/Inferno) - R$25
  • Scorpions (Alemanha) + Nando Reis (Brasil) - R$50
  • Deep Purple (Inglaterra) - R$50
  • Asa de Águia (Bahia) - R$50
  • Chiclete com Banana (Bahia) - de R$50 a 70
  • Ivete Sangalo (Bahia) - acima de R$70

A justificativa do preço absurdo do ingresso dos últimos três: pra não dar 'povão' no show. O mais legal é que essas bandas tocam todo domingo no Faustão, mas ninguém quer 'povão' no show. Lindo.