"Um idiota em inglês é bem melhor do que eu e vocês". Esse é o pensamento de muita gente. Música em português não presta, o negócio é cantar in english.
Ok, o inglês é um ótimo idioma para músicas, pois as palavras são fáceis de combinar, e fica bem em inúmeros estilos de som. Mas o português, se bem usado, causa o mesmo efeito. No blues, por exemplo, o Velhas Virgens faz perfeitamente na versão brasileira. O Ultrage a Rigor também tem letras muito legais, sem ter que usar idiomas gringos. Tanto é que a música Eu Não Sei é uma versão em português para Can't Explain, do The Who, e arrisco dizer que ficou no mesmo nível da original, sem perder absolutamente nada da musicalidade e nem do sentido da letra.
Algumas bandas conseguiram usar o português tão bem que, quando cantam em inglês, fica até meio forçado. O Skank, no cover de I Want You (Bob Dylan), ficou muito estranho. A versão em português, Tanto, é muito melhor.
Uma coisa que comprometeu a qualidade das bandas brasileiras na década de 80 foi a produção dos discos. Era uma gravação peculiarmente tosca, com aquela bateria caixa-bumbo e os instrumentos com um timbre bem fraco. Todas as bandas soavam parecidas e toscas. É só pegar o disco "Nós Vamos Invadir Sua Praia", do Ultraje, e comparar com as versões do Acústico MTV. A produção nova enriqueceu muito as músicas. E isso vale para outras bandas, que gravaram ótimas músicas que foram assassinadas por uma produção tosca. Talvez esse seja o motivo que faz muita gente não curtir as bandas brasileiras.
Deveríamos valorizar mais a música brazuca. Muitos conseguiram adaptar os estilos musicais gringos pro nosso idioma de maneira magistras: Tim Maia no soul/funk; Mutantes no rock psicodélico; Secos e Molhados no "MPB-rock"; O Rappa na sua mistureba de reggae; Gabriel O Pensador no rap; Vanguart no folk; e muitos outros.
Listen to música, cambada!
Ok, o inglês é um ótimo idioma para músicas, pois as palavras são fáceis de combinar, e fica bem em inúmeros estilos de som. Mas o português, se bem usado, causa o mesmo efeito. No blues, por exemplo, o Velhas Virgens faz perfeitamente na versão brasileira. O Ultrage a Rigor também tem letras muito legais, sem ter que usar idiomas gringos. Tanto é que a música Eu Não Sei é uma versão em português para Can't Explain, do The Who, e arrisco dizer que ficou no mesmo nível da original, sem perder absolutamente nada da musicalidade e nem do sentido da letra.
Algumas bandas conseguiram usar o português tão bem que, quando cantam em inglês, fica até meio forçado. O Skank, no cover de I Want You (Bob Dylan), ficou muito estranho. A versão em português, Tanto, é muito melhor.
Uma coisa que comprometeu a qualidade das bandas brasileiras na década de 80 foi a produção dos discos. Era uma gravação peculiarmente tosca, com aquela bateria caixa-bumbo e os instrumentos com um timbre bem fraco. Todas as bandas soavam parecidas e toscas. É só pegar o disco "Nós Vamos Invadir Sua Praia", do Ultraje, e comparar com as versões do Acústico MTV. A produção nova enriqueceu muito as músicas. E isso vale para outras bandas, que gravaram ótimas músicas que foram assassinadas por uma produção tosca. Talvez esse seja o motivo que faz muita gente não curtir as bandas brasileiras.
Deveríamos valorizar mais a música brazuca. Muitos conseguiram adaptar os estilos musicais gringos pro nosso idioma de maneira magistras: Tim Maia no soul/funk; Mutantes no rock psicodélico; Secos e Molhados no "MPB-rock"; O Rappa na sua mistureba de reggae; Gabriel O Pensador no rap; Vanguart no folk; e muitos outros.
Listen to música, cambada!