Faz arpejo, Ryu!

Os videogames já provaram, há muito tempo, que são capazes de produzir músicas absurdamente legais e marcantes. Algumas são bem simples, outras extremamente complexas e bem trabalhadas com orquestras gigantescas e produções megalomaníacas.

Nos YouTubes da vida podemos ver toneladas de pessoas que tocam essas músicas no violão, guitarra, theremin, lata de Neston etc. Muitas vezes até mudam o arranjo da músuica, criando algo quase novo. É essa a proposta do OverClocked Remix.

Chamado carinhosamente de OC Remix, o site já está na ativa há anos e tomou uma proporção gigantesca. Artistas do mundo inteiro enviam suas músicas para serem baixadas gratuitamente. O nome "remix" deve ser visto como "releitura", e não simplesmente jogar batidas eletrônicas em determinado tema. O nível dos trabalhos é profissional mesmo, e não é qualquer música que entra para o acervo do site.

É possível encontrar as músicas originais dos jogos, mas o grande barato do OC Remix é ouvir as versões daquelas músicas tanto nos marcaram. Vale repetir, mais uma vez, que essas versões não se limitam a batidas eletrônicas.

Para terem uma ideia,  a trilha sonora de Street Fighter II HD Remix (um remake do clássico jogo de luta) teve sua trilha sonora completamente elaborada pelo OC Remix. Credibilidade é pouco.

Helicóptero!

The Hellacopters: uma banda sueca que fazia um rock direto e sem frescuras, bem simples e divertido. O interessante é que o vocal/guitarra era baterista de uma banda de metal do mal. Existe uma banda de rock bem famosa em que o vocal/guitarra era baterista de uma banda grunge famosa, mas não lembro o nome...

Infelizmente os helicópteros acabaram há alguns anos.

PS.: o vocal/guitarra é canhoto.

Paulo Gilberto e suas traquinagens

Paul Gilbert é um daqueles guitarristas virtuose muito loucos (e apronta altas confusões musicais). Não conheço muito o trabalho dele, mas o pouco que conheço eu gosto. Ele usa sua técnica extremamente apurada a favor da música, e não simplesmente pra masturbar a guitarra.

Neste curto vídeo, ele simplesmente brinca de solar num... ah, vejam vocês mesmos:

Vale lembrar que Paul Gilbert fundou a banda Racer X e foi professor do peculiar Buckethead.

Rockabilly Vol. 1

Ultimamente tenho ouvido dois tipos de sons em excesso: rockabilly e surf music. Tenho descobrido dentro destes estilos sons sensacionais para qualquer momento. Quando você ouve muito um certo estilo, as coisas ficam mais interessantes quando se busca as raízes que originaram o som.

Nestas buscas, encontrei um blog que faz coletâneas chamadas "Lux and Ivy's Favorites". Pra quem não conhece, Lux Interior e Poison Ivy são integrantes do The Cramps, uma das bandas mais conhecidas do meio rockabilly.

Mas enfim, o blog de que trato é o WMFU, que funciona como uma espécie de rádio (inclusive, tem muita coisa interessante neste blog).

A coletânea tem muitos nomes desconhecidos, mas só entra o bom e velho rock'n roll. Trata-se de sons da década de 50 até 80. Alguns nomes conhecidos são The Kinks, The Stooges, Ramones, Howlin' Wolf e Elvis Presley.

Só digo que vale a pena conferir a coletânea. Só fico decepcionado pelo fato de não encontrar quase nenhum album de grande parte dos artistas mais underground que estão na coletânea. Mas a coletânea em si já da pra ter um gostinho das raízes do rockabilly.

O link para os primeiros volumes da coletânea é: http://blog.wfmu.org/freeform/2009/02/lux-and-ivys-favorites-mp3s.html

Alguns dos meus favoritos da coletânea:

Metal de Jah

Uma banda de metal/rock pedado com um vocalista de reggae com pitadas de rap e... sei lá, é difícil descrever a sonoridade do Skindred. Achei muito legal, chega perto do Nu Metal, mas é melhor. Por enquanto, só ouvi o disco Kill the Power, lançado em janeiro deste ano. Certamente vou conferir os outros trabalhos da banda.

Deezer

Hoje em dia podemos ouvir qualquer música baixando em algum site, torrent ou ouvindo no YouTube. Porém, existem diversos sites especializados em streaming de músicas com um acervo considerável. Um deles é o Deezer.

Conheci o site após o Arnaldo Baptista anunciar que sua discografia completa foi disponibilizada no Deezer. "Mas o que diabos é Deezer?", pensei eu. Fui conhecer e  curti demais.

Além de possuir um acervo absurdamente grande, inclusive discografias de bandas relativamente desconhecidas (por exemplo, a alemã Die Apokalyptischen Reiter), sua página inicial lhe dá indicações de outros discos/bandas de acordo com seu gosto musical. Você pode criar playlists e adicionar artistas favoritos em seu perfil. É uma espécie de rede social, mas ainda não explorei muito esse lado do Deezer.

De qualquer forma, fica a recomendação pra quem não quer ficar baixando tudo que vai ouvir. É só procurar a banda, dar play e ser feliz.

O serviço é gratuito nos primeiros meses, então vale muito a pena conhecer. Provavelmente irei assinar o Deezer, a não ser que eu conheça um outro serviço melhor - conheço poucos, como o GrooveShark.

The "Blues Trash"

Ano passado (2013) fui a um festival em Curitiba chamado Psycho Carnival. Foi simplesmente um dos melhores carnavais da minha vida. Claro que isso não é muito difícil, já que, na minha opinião, o carnaval brasileiro é a pior manifestação cultural que a humanidade foi e será capaz de inventar (rockeiro clichê =D). Mas este post não será sobre o Psycho Carnival e muito menos sobre o carnaval brasileiro.

Neste festival tive a oportunidade de assistir ao show da banda The Monsters, a qual conheci por indicação da minha namorada (L). Trata-se de uma banda suíça, composta pelos integrantes Beat-Man (Guitarra/Vocal), Janosh (Baixo), Di Putto (Bateria 1), Swain Lee (Bateria 2).

Os caras fazem uma mistura de blues, punk garage e trash sensacional, produzindo um show vibrante. As letras são extremamente sarcásticas e muitas vezes non-sense. Hits como "Blow-um-mau-mau" e "More you talk, less i hear" possuem um e dois versos, respectivamente. Mas são musicas sensacionais para se ouvir num show do tipo que eles fazem. Outra questão interessante da banda é a formação com dois bateristas, combinando ritmos, dando uma sonoridade muito interessante às músicas.

O vocalista e líder da banda (Beat-man) também é dono da gravadora Voodoo Rhythm, além de ter a sua banda solo Reverend Beat-Man como one man band tocando bateria, guitarra e cantando ao mesmo tempo. INSANO!

Enfim, vale a pena conferir o som dos caras!